É chegado o momento de fazer um comunicado sobre um assunto que estava no forno há já algum tempo.
Tinha pedido ao nosso Bispo para me dispensar. São 70 anos e uma vida dedicada à Igreja e à Diocese mais especificamente. Acho que a Igreja se renova na mudança e tem mesmo que haver mudanças. Cresce-se com elas, se forem bem feitas. O nosso Bispo D. Manuel concordou (embora não tivesse a noção de que eu pudesse ter esta idade - para ele, eu era uma senhora, sim, mas ainda nova, meia idade... ) e, finalmente saiu a nomeação. Substitui-me o nosso amigo Adélio Mendes da Silva, membro da equipa anterior, que, tenho a certeza, irá fazer um bom trabalho.
Saio muito feliz, tal como fui muito feliz durante estes quase 27 anos ao serviço das Migrações e ao longo da vida toda ao serviço da Igreja.
Resta-me afirmar a minha gratidão - primeiro a Cristo, Senhor da minha vida e companheiro permanente - e, de seguida, a todos quantos se foram cruzando comigo nesta caminhada. Lembro-me de tudo com muito carinho. Associações de Imigrantes, Autarquias, diferentes Autoridades e Forças de Segurança, Organismos Públicos e Privados, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Tane Timor, Congregações Religiosas masculinas e femininas (com especial relevo para os Missionários da Consolata e os Missionários Combonianos, Franciscanas Missionárias de Maria, Franciscanas Missionárias de Nossa Senhora, Congregação de Nossa Senhora da Caridade do Bom Pastor, Religiosas de Maria Imaculada e Companhia Mis. do Coração de Jesus), Secretariados Diocesanos das Migrações, principalmente de Viseu, Aveiro, Évora (com quem trabalhei de forma mais próxima), Secretariado Nacional - OCPM, Caritas Diocesana, Nacional e de Aveiro, Sociedade de S. Vicente de Paulo, Emaús Caminho e Vida, LOC, Pastoral Familiar Porto, Pastoral da Saúde Porto (irmãozinhos para sempre) todas as diferentes Igrejas , com os seus Metropolitas e Presbíteros, Pastores e fieis, Hospitais, Clínicas, e tantos e tantos milhares de Migrantes de todos os cantos do Mundo, que quero envolver num abraço gigante. Aos muitos que partiram, a minha doce lembrança. Finalmente - não porque sejam menos importantes, pelo contrário - ao assistente religioso do Secretariado (Pe. Artur Jorge) e a todos os que fizeram parte das equipas de trabalho ao longo destes anos e que me seguraram os braços quando eles pesavam mais, me abraçaram e comigo partilharam a vida e o pulsar desta caminhada multicultural e multirreligiosa (fizemos o melhor que sabíamos. Sem falcatruas, esconderijos, mentiras ou pisadelas), eterna gratidão e um enorme sorriso de braços (leia-se abraço).
Acolham muito bem o novo Director, também ele meu amigo! Se o tratarem tão bem como me trataram a mim, estará tudo certo!
Caríssimo Adélio, sê feliz e aproveita bem esta escola de vida.
Maria Viterbo
